Museu D. Diogo de Sousa

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0 nome do Museu está associado ao arcebispo D. Diogo de Sousa (1505-1532), a quem se ficaram a dever importantes medidas de remodelação urbanística em Braga e o facto de ter reunido os testemunhos arqueológicos desta cidade, até então dispersos.

Embora em 1918 tenha sido criado um Museu em Braga, só em 1980 ele foi revitalizado, enquanto Museu Regional de Arqueologia, integrando o Instituto Português de Museus, e passando a apoiar projectos de investigação, preservação e valorização de sítios e colecções de arqueologia, na região.

As instalações do museu foram projectadas para a zona arqueológica mais significativa e melhor preservada da cidade de Braga.

A progressiva integração e valorização de núcleos de ruínas arqueológicas, no centro histórico da cidade, veio possibilitar a criação de um circuito de visita, que se articula em torno do museu.

0 projecto arquitectónico é da autoria de Carlos Guimarães e Luís Soares Carneiro e desenvolve-se em três corpos, articulados entre si — o sector técnico e de serviços, a cafetaria e a área destinada ao público. 0 sector técnico engloba um laboratório de restauro e demais sectores de actividade relacionados com o estudo e valorização das colecções, deste e de outros museus, na região.

A área destinada ao público integra os espaços expositivos, um auditório, loja, centro documental e serviço educativo.

0 núcleo de espólio arqueológico mais antigo, encontrado em Braga, é na sua maioria constituído por peças epigrafadas, cujo depósito foi repartido entre o Museu Pio XII e este Museu.

As colecções que têm ingressado neste museu, depois de 198o, enquadram-se em projectos de investigação arqueológica, desenvolvidos de acordo com modernos critérios científicos.

A exposição permanente está organizada em torno de quatro grandes núcleos expositivos.

No primeiro núcleo estão expostas as colecções que cronologicamente abarcam os períodos compreendidos entre o Paleolítico e a Idade do Ferro, isto é, desde as primeiras manifestações da ocupação humana, até ao período que antecedeu a romanização. Sob o ponto de vista geográfico, nesta primeira sala, a área de proveniência das colecções abarca a região do Minho.

Nas três salas seguintes, as colecções possuem uma maior unidade geográfica, uma vez que provêm de Brocara Augusta e do território em seu redor.

Na segunda sala podem ser observados os testemunhos arqueológicos que ilustram a integração da cidade no Império Romano. Para além de objectos importados, que aqui chegaram, oriundos de regiões mais ou menos longínquas do império, podemos observar como o contacto com as inovações técnicas influenciou o desenvolvimento local de actividades, de tipo industrial, ligadas à produção de objectos de cerâmica, metal e vidro, o que, por sua vez, contribuiu para o incremento do comércio e suportou as grandes transformações no domínio da arquitectura.

Na terceira sala pode tornar-se contacto comn alguma informação alusiva à metodologia de escavação e estudo do projecto de arqueologia urbana, bem como, com as colecções associadas ao espaço doméstico.

Na última sala, para além do conjunto de miliários provenientes das vias, podemos observar o espólio de necrópoles, localizaaas na proximidade dessas vias. Alguns achados associados à religiosidade, no período romano e paleocristão, encerram a exposição permanente.

A cave do bloco de serviços conserva vestígios de uma habitação, “in situ”, da época romana, com um mosaico.

Website: http://www.museus.bragadigital.pt/ddsousa